JOSÉ VALENTE



A irreverência, virtuosismo e contemporaneidade da viola d’arco de José Valente definem um percurso artístico elogiado pela crítica e evidenciado pelos inúmeros projectos de carácter diversificado em que o músico se têm envolvido. Dotado de uma linguagem única, o premiado violetista explora os limites do seu instrumento aplicando na sua obra uma intensa e articulada simbiose de estilos musicais, raramente associáveis ao repertório tradicional para a viola d’arco.

Desde do seu regresso a Portugal, José Valente tem dedicado a sua atenção artística à descoberta de múltiplos desafios criativos que enaltecem novos processos de intervenção musical, de composição e de interpretação. Dessa pesquisa surgem vários projectos musicais, entre os quais, um profícuo trabalho a solo onde reinventa a execução do seu instrumento, atribuindo-lhe linguagens pouco comuns, numa abordagem livre de compromissos estéticos, mas determinada na expressão de um discurso próprio que envolve qualquer público num intenso momento de comunicação musical.


DISCOGRAFIA


Solo
Serpente Infinita (2018, Respirar de Ouvido)
Os Pássaros estão estragados (2015, JACC Records)
As Fabulosas Fábulas em Terra de Nenhures (2014)
José Valente & Steven Lugerner (2014)
Circunstâncias EP (2014, Mimi Records)
Ninguém é Original (2014)
Orfão (2013)
Conversas Desnecessárias + Amarelo Schwartz (2013)
Invasão (2013)
Sagrado (2013)

Experiences of Today
Human Evolution Music Project (2014 , JACC Records)
EOT 200/11 (2011)
José Valente and Experiences of Today (2011)





VÍDEOS




IMPRENSA / DEPOIMENTOS


O trabalho da viola vai dos fraseados típicos do jazz a uma música de câmara com espaço para a improvisação, indefinindo as fronteiras entre um idioma e o outro. Pelo meio surgem alusões às músicas do mundo, e se parecem extemporâneas, constituem uma bolsa de humor que alivia a carga algo densa do álbum. É desse tipo de distanciamento, dessa capacidade para se retirar da intriga que vai sendo urdida e avaliar as coisas de fora, que nasce a mensagem de esperança transmitida por “Os Pássaros Estão Estragados”. Em suma, está aqui uma obra notável (mais uma num rol de discos de grande qualidade editados este ano por portugueses) de um músico que se tem distinguido entre nós e que merece o mais amplo reconhecimento. (Rui Eduardo Paes - JAZZ.PT)

Virtuoso da viola de arco, como já se percebeu, José Valente transpõe esse instrumento para uma contemporaneidade arrebatadora. Tanto pelo recurso sem preconceito a gadgets actuais (pedais de efeitos, loops, etc.) como pelo percurso que é capaz de fazer em géneros musicais diversos (jazz, worldmusic, contemporânea). Um cruzar de fronteiras que também se encontra nos elogios internacionais; de colegas instrumentistas como Daniel Levin ou Jason Kao Hwang, a Carl Djerassi, escritor. (Eduardo Sardinha, jornalista e ensaísta, BLITZ, Revista UM)

De todas as versões que conheço, esta é a que respeita integralmente o espírito e a respiração do Carlos Paredes. (Carlos Alberto Moniz sobre a interpretação de José Valente de “Mudar de Vida” de Carlos Paredes) 

It is very beautiful and powerful: power and poetry. Congratulations on this expansive canvas. I hope it has many performances, which it deserves. (Howard Hersh, compositor, sobre “INVASÃO” de José Valente) 

O que é digno de registo, do meu ponto de vista, é o facto de José Valente nos conseguir entregar uma obra de fôlego, capaz de ser apreciada pelos seus méritos próprios mas, também, o facto de colocar a experiência da criação artística à discussão. Ora, esta capacidade não se afigura muito comum nos dias que correm e essa é a principal razão pela qual “Invasão”, na sua dupla dimensão de concerto e conferência resulta num espectáculo singular e capaz de nos interpelar a cada momento. (José Miguel Pereira, Produtor Executivo do Jazz ao Centro Clube e director artístico do Ciclo de Estudo de Jazz e Música Improvisada) 

Invasão é o novo tema do compositor José Valente, resultado da sua residência artística na Djerassi Residency Artists Program na Califórnia, nos Estados Unidos da América. Durante quatro semanas o violetista trabalhou a atmosfera sonora que o cercava os grilos. O exército musical de grilos preenche as noites no espaço árido e isolado da residência. O encantamento com este som leva José Valente a iniciar a sua pesquisa sonora. O músico grava, transcreve e compõe peças com base nestes insectos. (Francisco Furtado, jornalista, VIA LATINA) 

Really emotional. When I listen to your playing it sounds very pure and powerful. Beautiful compositions. (Anu Junnonen, cantora, compositora e fundadora dos grupos Anoo, NorthFace, The Caribous) 

The music of EXPERIENCES OF TODAY shows that José Valente has the potential to be an important force in jazz, both as a composer-arranger and as a viola soloist. It is a strong start to his career. (Scott Yanow, Autor de vários livros sobre jazz: “The Jazz Singers”, “TrumpetKings”, “Bebop”, “Jazz On Film and Jazz On Record 1917-76″) 

I totally hear the earnestness of your intention and honesty in what you are playing. I really love that. (Daniel Levin, violoncelista, improvisador) 

I heard a highly trained artist with an insatiably inquisitive, creative mind. (…) Valente impressed me with his genuine passion for music and strong workethic, qualities that will propel his continued growth. (Jason Kao Hwang, violinista e compositor; ”National Endowment of the Arts and the Rockefeller Foundation” award; compositor da Ópera “The Floating Box, A Story in Chinatown” considerada uma das “Top Ten Opera Recordings 2005” da Opera News) 

I was impressed and enthusiastic about your music-composition and performance. (Prof. Carl Djerassi, químico e escritor premiado) 

O título "Um velho na montanha" é excelente e a sua música empolgante. Nunca poderei retribui-lhe a distinção representada pela notável obra que criou. (Fernando Dacosta, escritor, sobre a composição "Um Velho na Montanha" de José Valente) 

No outro dia, cantei com o José Valente um tema do meu tio, o Cantar Alentejano, e ele é um músico fabuloso e uma pessoa admirável. (João Afonso em "O que seria José Afonso nos dias de hoje? Não sabemos." jornal A CABRA) 

José Valente, o músico, foi o responsável por uma criação musical de autêntico revivalismo da música clássica. (Ana Duarte e Mariana Santos Mendes, jornal A CABRA)




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